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Autoestima e redes sociais

Com o acesso à internet sendo disponibilizado até a mais remota localidade, o número de usuários só aumenta.

Internet parece ter duas vertentes: uma mais positiva, onde podemos encontrar informações, fazer amigos, alavancar negócios ou simplesmente compartilhar momentos felizes com os outros.

Por outro lado, temos a exposição, os problemas emocionais camuflados por sorrisos e imagens, a disseminação de idéias negativas e principalmente a inveja, que predomina naqueles que sofrem de baixa autoestima.

Podemos iniciar nossa discussão trazendo um estudo conduzido por Baker (2018) com o intuito de estabelecer a relação entre uso de redes sociais e autoestima.

O estudo contou com 218 participantes, que responderam a pesquisa.

Resultados mostraram que o uso de redes sociais influencia na autoestima do usuário e que, a pessoa com autoestima alta usará a internet para encontrar entretenimento, promover produtos e serviços, falar sobre seus feitos, enquanto a pessoa com baixa autoestima irá usar as redes sociais para não se sentir sozinha e estes não postam selfies.

Redes sociais podem ser consideradas como ambientes estressantes para as pessoas, mas também podem amenizar sentimentos de solidão ou de não pertencimento.

Hoje consideramos redes sociais intimamente ligadas a baixa autoestima, depressão e ansiedade.

Particularmente concordo com Tandoc, Ferruci and Duffy (2015) quando estes definiram que, quando uma pessoa usa o Facebook, isso pode diminuir a depressão quando o sentimento de inveja não está presente ( o que conduziria o indivíduo a usar a plataforma com objetivos positivos de fazer amigos, pertencer, observar posts que tenham certa relevância e que não coloquem a autoestima em questão).

Por outro lado, a rede social pode levar à depressão quando o sentimento de inveja e seus derivados fazem parte do olhar do observador.

Cabe ressaltar que o Facebook foi a plataforma de estudo, mas considero que o assunto se encaixe em todas as plataformas de interação online.

Acredito que a maioria de nós já está ciente de que os pensamentos negativos causam emoções negativas.

Os pesquisadores explicaram que o Facebook não leva as pessoas a desenvolverem depressão e podem até diminuir, mas os sentimentos de inveja na plataforma talvez seja o resultado de um ou mais fatores relacionados com os hábitos de uso de redes sociais pelo usuário ( o que fazem, por quanto tempo fazem e qual a motivação para o uso da internet).

Como discuti em um post anterior sobre autoestima, a baixa autoestima devido ao uso de redes sociais pode trazer sérias consequências tais como: ansiedade, depressão, outros problemas psicológicos, vício (não conseguir ficar sem o celular afim de acessar redes sociais a todo momento), problemas de relacionamento interpessoal (pessoas que preferem o universo virtual ao real) e problemas do sono.

Pietrangelo e Watson (2014, citado por Baker, 2018) enfatizaram que a falta de sono de qualidade pode levar um individuo a desenvolver problemas de memória, concentração, pressão alta, ganho de peso e até propensão ao diabetes.

Outra consequência da baixa autoestima por uso de redes sociais é o risco de suicídio.

Pessoas ingressam em redes sociais para se sentirem pertencentes de alguma forma e até se sentem bem com isso.

Porém com o excesso de tempo conectado, esses sentimentos podem causar um efeito rebote e ser responsável por depressão e ideação suicida.

Baker (2018) enfatiza que as pessoas irão visualizar os conteúdos de acordo com a autoestima destes.

Por esse motivo, pessoas geralmente experienciam redes sociais de diversas maneiras.

O que para uns parece inofensivo, para outros pode causar consequências negativas.

Nessa fala, acredito ser importante ressaltar a “responsabilidade” que passamos a ter sobre o conteúdo postado e ao resultado que isso terá sobre a audiência, como senso de comprometimento coletivo de fazer as redes sociais um lugar mais seguro.

Concluo esse artigo sobre a relação entre autoestima e redes sociais enfatizando a importância de prestarmos mais atenção ao conteúdo que estamos “digerindo” online e nos perguntarmos:

O que estou fornecendo para minha mente é algo que vai trazer resultados positivos?

Caso não, o que te motiva a continuar visualizando?

Um forte abraço.

Referencias bibliográficas:

Barker, J. D. (2018). Social media and self-esteem: The relationship of social media usage and self-esteem (Order No. 10976337). Available from ProQuest Dissertations & Theses Global. (2151451718).

Tandoc Jr, E. C., Ferrucci, P., & Duffy, M. (2015). Facebook use, envy, and depression among college students: Is facebooking depressing?. Computers in Human Behavior, 43, 139-146.

 

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